

Considere um retângulo de dimensão a e b, sendo a > b e tais que,subtraindo-se um quadrado do seu comprimento, reste um retângulo semelhante ao primeiro, conforme se vê abaixo:
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Este é o chamado retângulo áureo, figura de grande apelo estético e forma das mais utilizadas na arquitetura clássica e moderna (o Partenon, em Atenas, por exemplo, tem as dimensões frontais do retângulo áureo).
Da semelhança entre os dois retângulos, decorre a equação:

Exprimindo b em função de a, chegamos a:

O segmento b é denominado segmento áureo de a. Em outras palavras: se um segmento tem comprimento a, o seu áureo tem comprimento

Observando a base do retângulo maior:
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Dizer que b = AD é o segmento áureo de a = AB equivale a dizer que C é um ponto do segmento AB tal que

Também é comum dizer que o ponto D divide o segmento AB em média e extrema razão.
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Se a = 1, b =

Se b = 1, a =

Compare os dois últimos resultados: 1/


Propriedades da proporção áurea
Esse número tem várias outras propriedades interessantíssimas:a) Somar duas potências inteiras consecutivas de


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b) O mesmo acontece com potências de expoente inteiro negativo:
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c) Por fim, a soma de todas as potências inteiras negativas de


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d) Para gerar

Continue o processo e o resultado convergirá para

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Essa é para você pensar: qual é a seqüência de passos dessa expressão que, surpreendentemente, também converge para

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A divina proporção na arte e nas ciências
Na natureza, a razão áurea parece orientar a posição das pétalas e sementes nas margaridas e girassóis, e a curvatura da concha do Náutilus. A divina proporção também foi encontrada na seqüência de Fibonacci.Nas artes, retângulos áureos serviram de moldura para inúmeras obras, para artistas como Leonardo da Vinci e Albrecht Dührer. Para além da harmonia, a razão áurea era um ideal de perfeição.
Segundo o modelo do homem perfeito, impresso no Homem Vitruviano, de Da Vinci, as dimensões obedecem a divina proporção; o umbigo divide a altura do corpo humano em dois segmentos que estão na razão áurea.
O ombro divide a distância entre as extremidades dos dedos (braços abertos
perpendicularmente ao corpo) em dois segmentos que estão na mesma razão áurea.
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O Homem Vitruviano, de Da Vinci
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