OTAN

Selo holandês de 1989 comemorando 40 anos de existência da OTAN.*

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO, na sigla em inglês) é uma aliança militar realizada pelos países da América do Norte e da Europa Ocidental sob a liderança dos Estados Unidos. Foi criada em 1949 no contexto da Guerra Fria entre EUA e URSS, tendo como objetivo principal proteger cada um dos membros de ataques militares de outros países.

Um ataque a um dos membros da OTAN era considerado como um ataque a todos os demais membros. Faziam parte da OTAN à época da Guerra Fria: Canadá, EUA, Islândia, Noruega, Dinamarca, Alemanha Ocidental, Turquia, Grécia, Itália, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França e Portugal. A Grécia e a Turquia entraram na OTAN em 1952, já a Alemanha Ocidental aderiu à organização em 1955.

A OTAN constituiu-se em uma espécie de cerco militar aos países da Europa Oriental, que durante a II Guerra Mundial havia sido ocupada pelas tropas da URSS, na luta contra o exército nazista. Essa pressão militar dos países ocidentais acirrou ainda mais os ânimos entre os EUA e a URSS, que apesar de não estarem em uma guerra aberta, passaram a investir somas muito grandes de capital no desenvolvimento de armas, sendo mais notável o desenvolvimento das bombas atômicas.

Receosos dessa aliança militar ocidental, os líderes soviéticos criaram, em contrapartida, o Pacto de Varsóvia, em 1955. O objetivo era o mesmo que o da OTAN: realizar uma proteção mútua entre os membros do pacto. Com o fim da URSS, em 1991, o Pacto de Varsóvia também se desfez.

Esse fato não ocorreu com a OTAN, pois essa organização existe até os dias atuais. No início do século XXI, ela foi de suma importância para a defesa dos interesses dos EUA no Oriente Médio e na Ásia, sendo necessário citar o fato de que a invasão do Afeganistão, em 2001, foi realizada pela OTAN, após os ataques ao World Trade Center, em Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2001.

Na década anterior, a de 1990, a OTAN exerceu o papel central no ataque militar durante a Guerra dos Balcãs, mostrando que sua função de braço militar das principais potências capitalistas não se restringia ao contexto da Guerra Fria.