O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode serabsoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a
qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros
seres. Apresenta-se nas formas:
Analítica: a intensificação se
faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
Por exemplo:
O secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
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benéfico
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beneficentíssimo
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bom
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boníssimo ou ótimo
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célebre
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celebérrimo
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comum
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comuníssimo
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cruel
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crudelíssimo
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difícil
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dificílimo
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doce
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dulcíssimo
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fácil
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facílimo
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fiel
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fidelíssimo
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frágil
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fragílimo
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frio
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friíssimo ou frigidíssimo
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humilde
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humílimo
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jovem
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juveníssimo
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livre
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libérrimo
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magnífico
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magnificentíssimo
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magro
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macérrimo ou magríssimo
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manso
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mansuetíssimo
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mau
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péssimo
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nobre
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nobilíssimo
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pequeno
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mínimo
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pobre
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paupérrimo ou pobríssimo
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preguiçoso
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pigérrimo
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próspero
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prospérrimo
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sábio
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sapientíssimo
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sagrado
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sacratíssimo
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Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um
conjunto de seres. Essa relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Note bem:
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo
absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem
latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou
érrimo. Por exemplo:
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do
adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo,
precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.
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Adjetivos, leitura e produção de
textos
A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um
texto, ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando é excessiva e
voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do texto e
evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve. Quando é feita com sobriedade
e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocutiva do texto.
Nos textos dissertativos, os adjetivos
normalmente explicitam a posição de quem escreve em relação ao assunto
tratado. É muitas vezes por meio de adjetivos que os juízos e avaliações do
produtor do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como aprovação,
reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a adjetivação de um
texto dissertativo é, portanto, um bom caminho para captar com segurança a
opinião de quem o produziu. Lembre-se de que é a sua adjetivação que deve
cumprir esse papel quando você escreve.
Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma função
mais plástica: é por meio deles que se costuma atribuir formas, cor, peso,
sabor e outras dimensões aos seres que estão sendo descritos. É óbvio que,
neste caso, o emprego de uma seleção sensível e eficiente de adjetivos conduz
a um texto mais bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impressão
bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos.
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