O Racismo consiste
no preconceito e na discriminação com
base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.
Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas
políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como
inerentemente superiores ou
inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns
herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser
tratados de forma distinta.
Alguns consideram
que qualquer suposição de que o comportamento de uma pessoa está ligado à sua
categorização racial é inerentemente racista, não importando se a ação é
intencionalmente prejudicial ou pejorativa, porque estereótipos necessariamente
subordinam a identidade individual a identidade de grupo. Na sociologia e psicologia, algumas definições incluem apenas as formas
conscientemente malignas de discriminação.
Entre as formas
sobre como definir o racismo está a questão de se incluir formas de
discriminação que não são intencionais, como as que fazem suposições sobre
preferências ou habilidades dos outros com base em estereótipos raciais, ou
formas simbólicas e/ou institucionalizadas de discriminação, como a circulação
de estereótipos étnicos pela mídia. Também pode haver a inclusão de dinâmicas
sócio-políticas de estratificação
social que, por vezes, têm um componente racial. Algumas
definições de racismo também incluem comportamentos e crenças discriminatórias
baseadas em estereótipos culturais, nacionais,étnicos ou religiosos. Uma interpretação do termo
sustenta que o racismo é melhor entendido como "preconceito aliado ao
poder", visto que sem o apoio de poderes políticos ou econômicos, o
preconceito não seria capaz de manifestar-se como um fenômeno cultural,
institucional ou social generalizado. Alguns críticos do termo afirmam que
ele é aplicado diferencialmente, com foco em preconceitos que partem de brancos e de formas que definem meras observações de
eventuais diferenças entre as raças como racismo.
Enquanto raça e
etnia são considerados fenômenos distintos na ciência social contemporânea,
os dois termos têm uma longa história de equivalência no uso popular e na
literatura mas antiga das ciências sociais. O racismo e a discriminação racial
são muitas vezes usados para descrever a discriminação com base étnica ou
cultural, independente se essas diferenças são descritas como raciais. De
acordo com a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Racial das Organização das
Nações Unidas (ONU), não há distinção entre os termos
"discriminação racial" e "discriminação étnica", sendo que
a superioridade baseada em diferenças raciais é cientificamente falsa, moralmente
condenável, socialmente injusta e perigosa, além de não haver justificação para
a discriminação racial, em teoria ou na prática, em qualquer lugar do mundo.
Na história, o
racismo foi uma força motriz por trás do tráfico transatlântico de escravos e
de Estados que basearam-se na segregação
racial, como os Estados Unidos no
século XIX e início do século XX e a África do Sul sob o regime do apartheid. As práticas e ideologias do racismo são
universalmente condenadas pela ONU, na Declaração dos
Direitos Humanos. Ele também tem sido uma parte importante da base
política e ideológica de genocídios ao redor do planeta, como
o Holocausto, mas também em contextos
coloniais, como os ciclos da borracha na América do Sul e no Congo, e na conquista européia das Américas e no processo de
colonização da África, Ásia e Austrália.
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